24 de mai. de 2016

Em meio a crise econômica, Mercado Pet continua crescendo

O melhor amigo do homem segue sendo um bom investimento para quem deseja crescer com o próprio negocio. Enquanto lojas fecham e montadoras anunciam férias coletivas, o mercado pet prospera, movimentando cerca de 14 bilhões por ano o setor não sente efeitos da crise econômica.

Por: Ana Carolina Madelli


Foto: Edmilson Reis/ Fotos Públicas
A ligação entre os brasileiros e seus animais de estimação parece superar a grande crise econômica vivenciada pelo país. Embora tenha sofrido uma pequena desaceleração em 2015, o Mercado Pet é um dos setores que não sentiu os efeitos da crise e continua crescendo.
A maior parte do gasto dos consumidores é com rações e alimentos para os pets, segundo a Abinpet (Associação Brasileira da Industria de Produtos para Animais de Estimação) 66,9% do faturamento desse mercado é decorrente do pet food (rações e outros tipos de alimentos).
O setor representa 0,38% de tudo o que é produzido no país, tendo o mesmo peso no PIB (Produto Interno Bruto) que os eletrodomésticos da linha branca (geladeira, máquina de lavar, fogão, e forno micro-ondas). No Mercado Pet global o Brasil ocupa o segundo lugar ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Ricardo Silva é dono de pet shop e trabalha nesse mercado há 5 anos e afirma que dificilmente a crise econômica atingirá esse setor. “ Quando decidi trabalhar com isso, já estava ciente de que esse é um setor em constante crescimento, foi o que me chamou atenção. Em meu estabelecimento notei apenas uma leve queda nas vendas em 2015, mas nada que me levasse a um prejuízo. ”. Afirmou.
Questionado sobre o motivo pelo qual o Mercado Pet continua crescendo o proprietário admite: “O brasileiro é muito afetivo e apegado a seus animais, justamente por essa razão não mede esforços quando seu bichinho está precisando de algo. ” Completou.
Segundo a Abinpet um cão de grande porte custa R$315 por mês ao seu dono, considerando alimentação, serviços de banho e tosa e consultas veterinárias.
O desemprego atingiu 9,6% da população, e mesmo assim as pessoas não deixam de gastar com seus animais de estimação. Elaine de Souza é professora e cuida de 3 bichinhos, 1 gato e 2 cachorros, e chega a gastar em média 600 reais por mês com ração, produtos de banho e tosa e acessórios. “Acho bem caro os medicamentos, veterinário, vacinas e acessórios, mas gasto porque os considero da família. ” Afirmou a professora.
Waine Souza Oliveira tem 3 cães em sua casa e afirma que não existe essa necessidade de gastar tanto com os animais: “ Eu não vejo necessidade em comprar produtos tão caros, não humanizo meus cães, eles são meus animais de estimação, acredito que as pessoas gastam horrores com seus pets porque já são consumistas por natureza”. Afirmou.
O alto valor dos produtos é também uma questão bastante discutida nesse mercado, muitos consumidores acreditam que as marcas se aproveitam da ligação entre um animal de estimação e seu dono e superfaturam os produtos
“Tive que reduzir meus gastos com meus pets por conta da crise, mas sempre procuro bons produtos. Foi uma escolha minha tê-los então tenho que fazer o melhor por eles, são parte da minha família, são como filhos e as grandes marcas se aproveitam muito disso. ” Declarou Daniella Soares